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Um dispositivo intrauterino (DIU) é um pequeno dispositivo contracetivo em forma de T que é colocado no útero de uma mulher para prevenir uma gravidez. Os DIU são um método contracetivo reversível e de longa duração. Entre todos os métodos contracetivos, os DIU e os implantes contracetivos são os que apresentam maior satisfação entre os utilizadores. As mulheres que prestam aconselhamento de planeamento familiar escolhem métodos de longa duração com maior frequência (41,7%) do que o público em geral (12,1%). Os DIU são seguros e eficazes também durante a adolescência e em mulheres que nunca tiveram filhos. Assim que um DIU é removido, mesmo após utilização prolongada, a fertilidade regressa rapidamente ao normal.
Os DIU de cobre têm uma taxa de falha de cerca de 0,8% no primeiro ano. Os DIU hormonais com levonorgestrel têm uma taxa de falha de 0,2% no primeiro ano. Comparativamente, a esterilização masculina e o preservativo masculino têm uma taxa de falha de 0,15% e 15%, respetivamente. Os DIU de cobre podem ainda ser usados como contraceção de emergência no prazo de cinco dias após uma relação sexual desprotegida.
Entre os possíveis efeitos adversos dos DIU de cobre estão o aumento do período menstrual e cólicas menstruais. enquanto os DIU hormonais podem diminuir o período menstrual ou interromper a menstruação. No entanto, as mulheres podem ter escapes durante vários meses e pode levar até três meses para que se verifique uma diminuição de 90% no período. As cólicas podem ser aliviadas com anti-inflamatórios não esteroides. Entre outras possíveis complicações mais graves estão a expulsão do dispositivo (2–5%) e raramente a perfuração do útero (menos de 0,7%). Os DIU não afetam a amamentação e podem ser colocados imediatamente após um parto ou aborto.
Nos Estados Unidos, a utilização de DIU aumentou de 0,8% em 1995 para 5,6% entre 2006 e 2010. A utilização de DIU como método contracetivo data do século XIX. Um modelo antigo de DIU, denominado Dalkon shield e entretanto retirado do mercado, estava associado a um aumento do risco de doença inflamatória pélvica (DIP). No entanto, os modelos atuais não afetam o risco de DIP em mulheres sem infeções sexualmente transmissíveis durante o período de aplicação.